Por Redação | Na Categoria , |
Devo admitir que subestimei o poder de Os Vingadores. Imaginei que seria um filme comandado por engravatados e que não passariam de efeitos especiais absurdos num roteiro pobre (leia-se um típico filme de Michael Bay). Mas percebi que estava errado na fila para entrar na sessão, quando todos os presentes (e éramos muitos) já se contagiavam com a magia do filme. Sabíamos que estavamos prestes a presenciar um marco na história do cinema.



E foi exatamente o que aconteceu. Os Vingadores completa o primeiro passo, começado em 2008 com Homem de Ferro, para o que será a maior franquia do cinema. Sim! Não tem Star Wars, Harry Potter ou Senhor dos Anéis, a Marvel Studios criou o maior universo do cinema!

Surgindo como um dos maiores acertos da Marvel os filmes solos serão não apenas a preparação para o prato principal chamado Os Vingadores, mas sim uma oportunidade de cada herói se desenvolver individualmente, enquanto no filme da equipe se desenvolvem em grupo.

O arrepio surge quando percebemos que franquias como a da Marvel Studios serão lembradas para sempre, a obra nunca morrerá, assim como Cidadão Kane, O Grande Ditador ou Psicose permanecem entre nós. E isso está sendo feito agora! Não vivemos de passado, devemos nos recordar e louvá-lo, mas não viver dele. Os Vingadores é um dos maiores marcos de nossa geração e isso é f#da demais!



Agora vamos nos focar no filme em si. A Marvel deixa o filme nas mãos de Joss Whedon (diretor e roteirista do filme) que visivelmente conhece muito bem os personagens e adota uma abordagem típica das HQ’s, trazendo o problema e como os heróis o resolverão.

No caso o problema é quando Loki retorna a Terra através do Cubo Cósmico e planeja dominar nosso querido lar através de um acordo com um imenso exercito extraterrestre. Então é reativada a Iniciativa Vingadores, botando os super-heróis lado a lado.

Apesar de um roteiro bem trabalhado, Os Vingadores brilha mesmo em suas cenas de ação (que em nenhum momento soa desnecessária ou gratuita). A fotografia de Seamus McGarvey se encaixa com maestria nas coreografias das lutas que apresentam uma sincronia belíssima.


Outro acerto de Joss Whedon está na excelente direção de elenco que não permite que em nenhum momento um ator se sinta superior ao outro ou dando maior importância ao seu personagem. Assim vemos Capitão America comandando um belo ataque terrestre enquanto Homem de Ferro... bem, o Homem de Ferro sendo o Homem de Ferro.

E é satisfatório ver que o Hulk em Os Vingadores surge em sua melhor forma, roubando a cena em vários momentos e com uma excelente atuação de Mark Ruffalo. Mas é claro que todos os atores repetem as excelentes atuações dos filmes solos, sendo que Tom Hiddleston cria um Loki ainda mais complexo que em Thor. Loki é um vilão daqueles. Não é simplesmente um cara que faz maldades, sua história contada em Thor faz com que suas ações em Os Vingadores pareçam no mínimo aceitáveis. Erradas, claro, mas olhando de outra perspectiva sentimos o mesmo ódio deste por seu irmão adotivo, Thor.


O roteiro não vacila em canto nenhum. Nunca se esquecendo do que deve tratar. O Aeroporta-aviões da S.H.I.E.L.D está lá e não apenas para gastar o largo orçamento do filme. O enorme veículo serve para mostrar o poder da S.H.I.E.L.D, mesmo em momentos de pressões políticas.

O brilhantismo da batalha final impressiona, adotando uma estética de filmes de guerra. A edição se destaca ao intercalar os cenários da batalha e ouso compará-la com a cena inicial de O Resgate do Soldado Ryan.